Junta de Freguesia de Muxagata Junta de Freguesia de Muxagata

História

Esta, povoação só por si só constitui, desde tempos remotos, uma freguesia, fica situada ao fundo da Serra do Belcaide, junto da ribeira. Nada se sabe sobre a origem do seu nome que em 1482 se chamava Mocegata, Muxigata em 1600, e Muxiguata em 1700.
Em 1527 já pertencia ao Concelho de Algodres com o nome de moxogata, tendo então 68 moradores ou fogos; em 1747 já tinha 112 fogos e 311 fregueses.
A Igreja Paroquial, da Invocação de S. Miguel, única no concelho em forma de basílica romana, cruz latina, é um belo edifício, muito antigo, bem lançado, de cantaria à fiada.
Além da Igreja Paroquial há na povoação, no sítio do Loureiro a capela de Santo António. Esta capela foi construída pelo povo e benzida em 1757, pelo Padre Manuel Coelho, natural e cura do lugar, depois de os principais moradores da terra se terem obrigado por escritura a prover aos encargos dela.
No limite da freguesia, a 2.50 metros, ao sul da povoação, no sitio da Coutada, na margem esquerda da ribeira, está a ermida de Nossa Senhora dos Milagres, de grande devoção dos povos da Beira, com romaria no domingo de Pascoela e 1º domingo de Setembro.
Foi antigamente um belo templo, amplo e elegante, com alta fachada em forma de campanário, de uma ventana no tímpano encimado por uma cruz. As romagens eram muito concorridas e de grande rendimento em ofertas e esmolas.
Nos primeiros anos do século XIX, parece que por motivo de qualquer desinteligência entre o pároco e o prelado da diocese, mandou este, com um esquadrão de cavalaria, retirar da ermida a imagem da Senhora e transportá-la para a Sé de Viseu.
Os povos ficaram desolados e o povo de Muxagata, em represália, num condenável impulso de desespero, foi-se à ermida e destruiu-a. Não ficou pedra sobre pedra, e cada qual ia lá buscar quanta queria para a construção de casas na povoação e povoações vizinhas. Depois de uma ausência de mais de meio século a imagem reapareceu em 3 de Setembro de 1863, entre os silvados, debaixo de um penedo, no sítio onde hoje está um nicho com um tosco altar.
Com o seu reaparecimento o entusiasmo das povoações foi tão grande que sem demora se começou a construir uma nova igreja, elegante e bem lançada, no mesmo local da antiga, celebrando-se lá a primeira missa em 17 de Abril de 1870.
Houve nesta povoação, em 1891, uma epidemia de tifo bastante grave, estabelecendo-se lá um hospital provisório, tendo sido solicitado pelo Governo Civil da Guarda a ir ali prestar serviços o então médico de Celorico, Dr. Afonso Mendes Cid, que depois entregou um relatório.

Brasão

Escudo de azul, penedo de ouro rematado por cruz do mesmo, realçado de negro e duas ovelhas de prata, realçadas e unguladas de negro, a da sinistra volvida, tudo alinhado em roquete; em campanha, dois ramos de oliveira de ouro, frutados de negro, com os pés passados em aspa. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «MUXAGATA - FORNOS de ALGODRES».

Bandeira


Amarela, cordão e borlas de ouro e azul, haste e lança de ouro.

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